Síndrome de Belchior (Liderança)

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos dentro de uma jaula, no meio da jaula uma mesa, e em cima da mesa, pendurado do teto, um cacho de bananas. Quando o primeiro macaco subiu na mesa para apanhar uma banana, ele e todos os outros macacos levaram um banho de água fria com mangueira. O macaco proativo e ensopado então, desistiu temporariamente de seu projeto.

Passados alguns minutos, outro macaco resolveu comer as bananas, mas ao subir na mesa, mais um banho de água fria em todo mundo. E depois deste fato repetir-se várias vezes, os macacos concluíram que havia uma relação entre tentar comer as bananas e o banho de água fria. Como o medo da água fria era maior que o desejo de comer bananas, eles resolveram dar uma surra em qualquer engraçadinho que tentasse tal façanha.

Os cientistas então, substituíram um dos macacos que, sem conhecer a “cultura” daquela “jaula organizacional”, tentou subir na mesa pra comer as bananas, e foi surrado pelos outros quatro “colegas de trabalho”. Sem entender nada e, passada a dor da primeira surra, ele tentou novamente comer bananas, mas ao subir na mesa levou outra surra. E depois da quarta surra, ele concluiu que nessa jaula, “macaco que sobe na mesa” apanha, e desistiu de fazê-lo.

Os cientistas então, substituíram um segundo macaco, e a mesma coisa aconteceu. Os três macacos originais mais o último macaco, que nada sabia sobre o motivo da surra, lhe aplicaram a sova. E este último macaco também aprendeu que naquela jaula, quem subia na mesa apanhava.

E assim continuaram os cientistas a substituir os macacos originais por macacos novos, até que na jaula só ficaram macacos que nada sabiam sobre o motivo do banho de água fria. Mas, a despeito disso, continuavam surrando os macacos que subiam na mesa.

Se perguntássemos aos macacos a razão das surras, eles provavelmente responderiam:

– É que “sempre foi assim”. Nessa jaula, macaco que sobe na mesa, apanha.


Qualquer semelhança com coisas que acontecem em sua organização é mera coincidência!

A Síndrome de Belchior (“Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o que fizemos, ainda somos os mesmos, e vivemos como os nossos pais”), interpretada brilhantemente por Elis Regina, infelizmente, retrata a realidade de muitas organizações em nossos dias. Talvez você a conheça também como Síndrome do S.F.A. (“Sempre Foi Assim”).

Você já ouviu alguém dizendo “sempre foi assim” em sua organização? Você já disse isso? Imagine com o mundo seria se nos conformássemos com essa resposta; provavelmente ainda estaríamos nos comunicando por sinais de fumaça e andando a cavalo. Você e eu certamente conhecemos histórias de organizações e profissionais que, contaminados pela Síndrome de Belchior, se recusaram a questionar o status-quo, deixaram de ouvir as pessoas, ignoraram os sinais do mercado e, em pouco tempo, ruíram.

O mundo tem mudado (e continuará mudando) rapidamente e aqueles que se deixarem contaminar pela Síndrome de Belchior não serão capazes de acompanhar essas mudanças e, fatalmente, ficarão para trás. Isso vale para empresas, para as profissões, e para as pessoas. O que aconteceu no passado, o jeito que fazemos atualmente as coisas, o conhecimento que adquirimos até agora, enfim, o que nos trouxe até aqui, muito provavelmente, não é o que nos levará aonde queremos ou precisamos chegar.

E se não quisermos ter um enorme passado pela frente, se desejamos verdadeiramente evoluir, precisamos mudar, porque não existe evolução sem mudança. E neste contexto a liderança tem um papel fundamental, porque nada muda sem liderança. Consequentemente, a cultura de uma organização não é aquilo que está pregado na parede, mas aquilo que é demonstrado por meio dos valores, comportamentos e atitudes de seus líderes.

Portanto líder, atue como agente de evolução em sua organização, questione o status-quo, peça ajuda, ouça as pessoas e suas sugestões, crie um ambiente onde todos possam expressar suas ideias, estabeleça uma clara visão de futuro, revisite-a e corrija a rota sempre que necessário, mobilize recursos, incentive a execução, inspire as pessoas pelo exemplo, e faça da evolução a sua bandeira; evolução das pessoas, dos profissionais, dos relacionamentos, das relações de confiança, dos processos, dos produtos e serviços, dos resultados, da organização, e do mundo.

Sempre foi assim? Dane-se!

Um Grande Abraço,

Marco Fabossi

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Marco Fabossi é Sócio-Diretor da Crescimentum, a mais completa empresa de formação de líderes do Brasil.
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