Jovem Aprendiz (Motivação)

jovemvelho  Chames Salles Rolim se reuniu com sua família em Agosto de 2014 para um jantar de comemoração no dia seguinte à sua cerimônia de formatura como bacharel em direito. No momento em que foi entrevistada, havia acabado de sair da piscina onde faz exercícios matinais diariamente.
Essa pode parecer uma história comum, se não estivéssemos falando de alguém com 97 anos, nove filhos, 28 netos e 16 bisnetos, que decidiu retomar os estudos em 2009, aos 92 anos. Na época do vestibular ela sofreu um infarto, atribuído à tensão das provas.
– Foi terrível. Eu não conseguia aprender. Não guardava as coisas. Fiquei dez dias na UTI do hospital – comenta Chames.
Por fim, com o apoio e solidariedade da família e dos amigos, ela passou no vestibular na Faculdade de Direito.
– Eu me dediquei muito nesses cinco anos. Eu era uma das primeiras a chegar na escola!
Dias antes da formatura, Chames foi ao fórum da cidade para cumprir o último requisito para a conclusão do curso de direito: acompanhar a realização de audiências de julgamentos.
– Não conhecia nada aqui. Nunca tinha vindo ao fórum. Mas estou assimilando o máximo que posso. Eu não vou fazer a prova de habilitação na OAB, mas quero ser útil a quem me procurar e compartilhar conhecimento.

Assim como a maioria das coisas na vida, juventude e aprendizado também são escolhas. Não é a idade que torna o ser humano velho, mas a sua decisão em agir como se fosse. Tampouco um cérebro envelhecido será capaz de limitar o aprendizado, se o dono do cérebro tomar a decisão de continuar aprendendo.
É por isso que jovens aprendizes não são apenas aqueles que iniciam sua jornada com pouca idade e inexperiência, mas também, e principalmente, os que encontram no aprendizado um caminho para manter jovem o espírito, ainda que tenham muita idade.
A semente da transformação está virtualmente contida no aprendizado, por isso, nunca é tarde para aprender, empreender e compartilhar conhecimento, porque ao decidirmos manter-nos jovens pela sede de aprender, seremos capazes de transformar o que está dentro de nós para que, com muito mais força, possamos transformar aquilo que está ao nosso redor, e assim contribuirmos para a construção de um mundo melhor para todos.
Portanto, aquela frase “velho é o seu passado” é a mais pura verdade, porque ele nós não conseguiremos mudar, contudo, podemos escolher nos tornar cada vez mais jovens aprendizes no presente e no futuro.
E então? O que você escolhe?

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Um grande abraço,

Marco Fabossi

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Marco Fabossi
Marco Fabossi é Sócio-Diretor da Crescimentum, a mais completa empresa de formação de líderes do Brasil.
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4 comentários sobre “Jovem Aprendiz (Motivação)

  1. Lindo texto. Inspirador como sempre.

    O que mais admiro no seu trabalho é que tudo aquilo que fala, ensina e escreve, você VIVE.

    Deus abençoe!

  2. São bons pensamentos esses. Mas nem sempre eles são aplicáveis. A velhice chega para todos, e não é a mesma coisa fazer algo com 20 e depois tentar fazer com 80. Nesse caso acima, a pessoa se formou com 97 anos. O que ela vai fazer? Trabalhar na área? Ficar só no estudo e pesquisa? Fazer como hobby? Ela mesma disse que não vai fazer exame da OAB, e isso limita bastante o campo de atuação depois. Além disso, as pessoas teimam em não dizer que envelheceram. Por isso que falam “a vida começa aos 40”, depois “aos 50” e assim por diante. É ilusão. Quando eu mesmo fiz o vestibular, encarei como uma chance única. Não podia gastar tempo. E fiz de tudo para não falhar e para ter condição de seguir em frente em alto nível. Eu pensava “Eu só tenho chance de fazer o Vestibular 2013 UMA VEZ” e era só uma vez mesmo. Era 2013. Para muitas coisas, não existem segundas chances. E mesmo que não me considere velho, não há como dizer que vou fazer um curso superior aos 79 anos e será a mesma coisa do que quando tinha 21, por exemplo. O ambiente será diferente, as pessoas serão diferentes. As coisas passam na vida. Se eu deixar de ir a uma festa hoje, essa festa nunca acontecerá de novo. Se deixei de fazer vestibular aos 20 anos, não terei chance de voltar aos 20 anos e fazer o mesmo vestibular. Eu posso até concordar que nunca é tarde para aprender, mas a chance de passar e compartilhar conhecimento já foi. E normalmente não volta com o tempo. Não existem segundas chances, existe esse momento e o próximo momento.

  3. E também gostaria de lembrar do exemplo dos esportes. Natação, Atletismo e ginástica costumam ser esportes de vida curta. Aos 26 anos já fica complicado de disputar em alto nível. Como dizer que um atleta de 30 ou mais já não está “velho” para praticá-lo em alto nível? os resultados mostram isso. O tempo do atleta é aquele ali e é necessário aproveitá-lo, para que se tenha condições de continuar em alto nível depois. Se alguém começa aos 25 a praticar esses esportes, será difícil ser profissional e disputar de verdade, com chances boas, as competições. E um outro exemplo é a Copa do Mundo de Futebol e eventos similares. São disputados de quatro em quatro anos. Para muitos esportes, como os coletivos, é complicado disputá-los de novo quatro anos depois. Classificar, evitar lesões. Ninguém quer ficar de fora. E o auge chega em algum momento. Tentar depois é uma ótima empreitada, mas sabe-se que a velhice já chegou e que não dá para fazer as mesmas coisas que fazia anos atrás. Para alguns, como o camaronês Roger Milla, o auge chegou aos 38 anos. Ele conseguiu disputar de novo a Copa aos 42, mas não foi a mesma coisa. Ele tentou, mas todos sabiam que já estava velho. Como ia disputar outra competição com 46? O tempo passa mesmo. E são chances únicas.

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