O Vírus de Verdi (Liderança)

ego   Ao terminar seu recital de piano no Teatro Scala, em Milão, Giuseppe Verdi foi aplaudido de pé, e a plateia empolgada exigiu que ele tocasse mais uma música.
Verdi, ávido por mais aplausos, escolheu então uma composição sonora e espalhafatosa, porque sabia que essa música emocionaria ainda mais o público, embora fosse, artisticamente falando, de qualidade inferior.
Quando encerrou sua apresentação, a plateia novamente se levantou, o aplaudiu e ovacionou por alguns minutos, e enquanto desfrutava dos prolongados aplausos, viu na galeria o seu mentor, que sabia exatamente o que ele acabara de fazer. O mentor não se levantou e nem aplaudiu. Seu rosto estampava frustração e desapontamento, e Verdi quase que podia ouvi-lo dizer:
– Verdi, Verdi, como pode fazer isso?

Este é o “Vírus de Verdi”, que revela o desejo de controlar e a necessidade de ser aplaudido. O filósofo alemão Friedrich Nietzsche, descreveu o “Vírus de Verdi” da seguinte maneira: “Sempre que escalo um degrau na vida, sou seguido por um cão chamado ego”.
Infelizmente, muitos líderes também se deixam contaminar pelo “Vírus de Verdi”, permitindo que o ego e a necessidade de estar em evidência os tornem cada vez mais ávidos por poder, controle, reconhecimento e popularidade. Líderes que, de tão preocupados com sua própria imagem, bem-estar e satisfação, pouco se dedicam às pessoas e aos resultados.
E isso, em geral, acontece por causa de uma pequena, mas poderosa palavrinha: Ego, que além dos sintomas já mencionados, ainda causa cegueira, porque impede os líderes de enxergar que os melhores resultados só podem ser alcançados por meio de uma equipe motivada, comprometida e engajada. Algo que acontece apenas quando o líder deixa claro, através de suas ações e atitudes, que não está interessado em receber sozinho os créditos pelo trabalho da equipe, mas que todos têm sua parcela de contribuição, e serão reconhecidos e recompensados por sua dedicação e pelos resultados. Quando esse sentimento estiver permeando a relação líder-liderado, todos se sentirão motivados a colaborar para que os melhores resultados sejam atingidos.
Por isso, não ceda à tentação de começar como líder e terminar como celebridade, permitindo que aplausos e holofotes o deixem cego, tornando nula sua autoridade, ainda que continue no poder. O bom líder não está interessado em ganhar notoriedade ou apenas impressionar as pessoas, porque isso qualquer um, com poucas habilidades, pode fazer, ainda que não se interesse por elas. Liderar é para quem conhece a si mesmo, tem autoconfiança, e está tão seguro de sua identidade, que não necessita de aplausos ou tapinhas nas costas para sentir-se valorizado ou realizado, porque para ele, a verdadeira realização está em aproximar-se das pessoas, desenvolvê-las, acompanha-las e, junto com elas, conquistar resultados extraordinários.

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Marco Fabossi

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Marco Fabossi
Marco Fabossi é Sócio-Diretor da Crescimentum, a mais completa empresa de formação de líderes do Brasil.
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4 comentários sobre “O Vírus de Verdi (Liderança)

  1. Excelente texto amigo. Não somente em liderança,mas na vida, quando o Ego nos conduz, o precipício é o nosso destino. Humildade e perseverança, assim nos tornamos seres humanos melhores. Abraços.

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